PROF: ALESSANDRO FISCHER – HISTÓRIA - 8º D, E e – AULAS DOS DIAS 18 A 25 DE MAIO - 5ª AULA


Pesquisa

Semelhanças entre a Gripe Espanhola e a Covid-19


Pandemia do início do século XX e a atual levaram à valorização do sistema público de saúde.




A pandemia do Covid19 guarda semelhanças com a da gripe espanhola, também de alcance mundial, com um impacto devastador: infectou cerca de 500 milhões de pessoas, o equivalente a um terço da população mundial na época, e matou entre 25 milhões e 50 milhões, em geral com 20 a 40 anos, de 1918 a 1920.
Na cidade de São Paulo, em poucos meses a epidemia matou 5.300 paulistanos, o equivalente a 1% da população da capital, e foi tão intensa que os mortos se acumulavam nas ruas até serem recolhidos; a cidade do Rio de Janeiro viveu uma situação similar.

Embora em outro contexto histórico – não havia equipamentos de proteção para quem atendia os doentes, as pessoas morriam em geral em suas próprias casas e não se conhecia ainda o material genético dos vírus –, a epidemia de gripe também gerou desorganização econômica e social, já que os portos, o transporte e outros serviços públicos pararam de funcionar.

“Em todo o mundo, o discurso das autoridades do governo sobre o controle da epidemia conflitava com a imensa dificuldade das equipes dos serviços de saúde em atender as pessoas doentes”, diz a historiadora Anny Torres, professora das universidades federais de Minas Gerais (UFMG) e de Ouro Preto (UFOP) e autora do livro Influenza espanhola e a cidade planejada: Belo Horizonte, 1918 (Fino Traço, 2007).

Segundo ela, uma diferença entre as duas pandemias é que em 1919 os médicos diziam que era ineficaz decretar quarentena e fechar fronteiras porque era impossível deter o avanço da doença.
Em sua pesquisa sobre a gripe espanhola na capital mineira, Torres verificou que as autoridades tomavam medidas preventivas para não serem criticados publicamente e para a população se acalmar.

Também houve ganhos. “A gripe destravou o debate sobre a criação, efetivada em 1919, do Departamento Nacional de Saúde Pública, vencendo as resistências dos estados, principalmente São Paulo, diante da necessidade de coordenar as ações contra a epidemia em todo o país”, afirma o cientista político e historiador da saúde Gilberto Hochman, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Rio de Janeiro e autor de A era do saneamento: as bases da política de saúde pública no Brasil (Hucitec, 2013).

“A gripe espanhola expôs os limites e levou a uma valorização do sistema público de saúde, indispensável para enfrentar uma epidemia, e dos profissionais da área médica“, diz ele.


A situação se repete: “Não há leitos suficientes, notificação precisa e acolhimento possível para todos, mas somente o Sistema Único de Saúde será capaz desse enfrentamento, embora não tenha recebido os investimentos necessários nos últimos anos, porque só ele possui tecnologia e histórico de enfrentamento de doenças e epidemias”, diz o historiador André Mota, da Faculdade de Medicina da USP. “O SUS precisará ser rapidamente revitalizado e entendido como suporte central para quaisquer medidas de controle.”

Disponível em: < https://revistapesquisa.fapesp.br/2020/03/26/semelhancas-entre-a-gripe-espanhola-e-a-covid-19/>. Acesso em: 16 de mai. de 2020.

Assistam aos vídeos para auxilia-los na pesquisa:

Em Busca do Vírus da Gripe Espanhola - https://www.youtube.com/watch?v=4471TbViMro

A Gripe Espanhola - Documentário- https://www.youtube.com/watch?v=7JK6i51WOBw


Exercício:

Como vimos, não é de hoje que as pandemias são um dos grandes problemas da humanidade que ocorreram em diferentes períodos da História. Com base nessa informação sobre a Gripe Espanhola, vocês irão fazer uma tabela comparativa com a nova pandemia do Covid-19, (através de uma pesquisa feita na internet sobre ambas as doenças) comparando:








Todas as atividades e para serem enviadas para o e-mail que consta abaixo. 

E-mail: hessf15@gmail.com

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