Aulas 15/7, 16/7 e 17/7
ivanprofessorp@gmail.com
ATIVIDADE 2
Leia
o texto de divulgação científica abaixo e responda as perguntas para entregar
por e-mail ou no ClassRoom:
1) O
que você achou mais importante saber no artigo de divulgação científica?
2) O
que você entendeu sobre a relação entre ser humano e natureza?
3) O
que você poderia dizer sobre o pangolim?
4) Qual
é a fonte (local de publicação/revista) desse artigo de divulgação científica?
5) Qual
a diferença entre ciência e notícia?
Coronavírus
não é nome de doença, é nome de uma família de vírus. Esses vírus podem
provocar doenças respiratórias em humanos. SARS-CoV-2 é o nome do coronavírus
que provoca a doença chamada covid-19 – essa que se espalhou pelo mundo todo e
fez adoecer muita gente aqui no Brasil também. Você sabia que esse coronavírus
pode ter passado de outro animal para os humanos? É sobre isso que vamos falar
aqui! Por que os seres humanos pegam doenças de outros animais?
Vírus, bactérias e fungos só podem ser vistos com
poderosos microscópios. Mas, embora muito pequenos, esses microrganismos podem
causar doenças muito graves em humanos. Você não vai gostar de saber, mas cerca
de 10 milhões de pessoas morrem a cada ano por vírus, bactérias ou fungos que
pegaram de outros animais. Triste, não é?
O novo coronavírus é um exemplo disso. Ele
provavelmente passou de outro animal para um humano, provocando uma doença
nova, que afeta principalmente os pulmões, mas também outros órgãos, e que foi
chamada covid-19. Essa doença foi passando de um humano para outro e para outro
e para outro… e assim se espalhou pelo mundo todo. E quando uma doença se
espalha mundialmente dizemos que estamos numa pandemia.
Quando se tem uma pandemia, é preciso agir
depressa para: identificar os sintomas da doença, as formas de contágio, a
origem do microrganismo causador da doença e juntar todas essas informações
para tentar desenvolver medicamentos (que controlam) e vacinas (que previnem) a
doença.
Conseguir dar contar de tudo isso é tarefa
para os cientistas – que são super-heróis de verdade! Mas não é nada fácil… O
ideal seria que os vírus (e outros microrganismos) não passassem de outros
animais para os humanos. Mas somos nós, humanos, que ultrapassamos barreiras
naturais e, sem perceber, nos arriscamos a pegar doenças de outros animais. Não
entendeu? Vamos explicar!
Para
entender a barreira
Animais domésticos e silvestres carregam com eles –
poderíamos até dizer que eles hospedam – uma quantidade enorme de
microrganismos. E o que o microrganismo quer? Viver e se reproduzir! Logo, para
o microrganismo não é interessante que seu hospedeiro morra, porque, assim,
ele, o microrganismo, morre também. Então, urubus, vacas, morcegos, sapos e
outros animais convivem em equilíbrio – sem ficar doentes – com os
microrganismos que hospedam. O problema surge quando um microrganismo, que não
provoca mal algum a um determinado animal que é seu hospedeiro, passa deste
para um humano. Aí, pode apostar que houve uma quebra de barreira entre as
espécies.
Mas
que barreira? Bom… a principal barreira entre diferentes espécies é a física,
isto é, uma espécie, em vez de conviver somente com a sua espécie, passa a se
misturar com outras espécies. Nessa aproximação física, uma espécie pode ter
contato com o microrganismo que habita outra espécie e desenvolver alguma
doença, grave ou não.
Outra barreira é a resistência do nosso organismo. Veja:
o nosso corpo geralmente consegue se defender de microrganismos que o invadem.
Além disso, a maior parte dos microrganismos de uma espécie não costuma se
adaptar bem em outra e acaba morrendo sem provocar qualquer problema. Mas… pode
acontecer de um microrganismo de uma espécie passar para outra e provocar uma
doença sim, seja ela grave ou não.
Quebra de barreira
A gente acha que o
microrganismo é malvado por passar de outro animal para um humano, mas vamos
pensar bem… Quem provocou essa aproximação? Quem quebrou a barreira física e se
arriscou a ter a barreira da resistência do organismo quebrada também?
Essas barreiras costumam ser
rompidas por ações humanas. Isso ocorre quando invadimos áreas onde outras
espécies animais vivem. Por exemplo, quando desmatamos áreas naturais
conservadas para construir casas, prédios, estradas e explorar ouro, assim como
outros minerais.
Também rompemos barreiras
quando aumentamos o contato com animais silvestres durante a caça e quando
comemos a carne desses animais, que não é controlada para doenças pelo serviço
de inspeção veterinária, desde sua criação até venda.
Podemos romper barreiras
também quando retiramos animais da natureza para criar em casa, como animais de
estimação, o que é ilegal no Brasil. Nesses casos, temos grande chance de
contato com fezes, saliva, urina, carne e sangue de animais que podem conter
microrganismos que nos façam mal. Também aumentamos as chances de que
transmissores (também chamados vetores) como mosquitos, carrapatos e barbeiros
nos transmitam esses microrganismos a partir dos animais silvestres.
A casa de todos os animais
Quando a Amazônia ou outro
ambiente natural é desmatado aumentam as chances de um microrganismo causador
de doença nos atingir. Para se ter uma ideia, apenas nos três primeiros meses
de 2020, o desmatamento na Amazônia foi de 796 quilômetros quadrados. É difícil
até de imaginar, mas isso corresponde a 80 mil campos de futebol.
Com esse grande aumento no
desmatamento, imagine o risco que corremos? Somado a isso, quando viajamos de
uma região para outra, podemos espalhar uma doença conhecida ou nova para regiões
onde a mesma não ocorre. Esse é o caso da atual pandemia de coronavírus, que
saiu da Ásia para os demais continentes levada por viajantes.
O tráfico (comércio ilegal) de animais silvestres também
é perigoso, porque, além de ameaçar as espécies, ajuda a disseminar doenças.
Milhares de animais são retirados anualmente da natureza no Brasil para serem
comercializados. De cada dez animais que são apreendidos pela fiscalização,
oito são aves, especialmente papagaios, periquitos e araras pertencentes à família
dos psitacídeos. E aves silvestres podem ser fonte de muitas doenças, como a
clamidiose, que é uma pneumonia grave causada por uma bactéria transmitida por
psitacídeos.
Fora da natureza
Depois de tanta informação, você pode estar
pensando que o melhor mesmo é ficar longe da natureza. Pelo contrário! Para
proteger, precisamos frequentar, conhecer, apreciar os ambientes naturais e
suas plantas e animais. Nós, humanos, dependemos desses ambientes para obter
remédios, alimentos, água, oxigênio e muitos outros recursos, simplesmente
porque fazemos parte da natureza.
Ambientes
conservados, com equilíbrio bem mantido entre os organismos que ali habitam,
são a garantia de um futuro seguro para a humanidade. Para que isso ocorra, nós
precisamos aprender como utilizar seus valiosos recursos, sem destruir o
ambiente e nos colocar em risco.
O
pangolim e o coronavírus
Um dos animais mais
ameaçados de extinção no mundo é o pangolim (um mamífero de origem asiática e
africana), considerado com uma provável fonte do coronavírus SARS-CoV-2,
causador da covid-19 para humanos. Esses animais são traficados, na China e na
África, para consumo de sua carne na China. Não se sabe ao certo a maneira como
esse vírus passou dos pangolins para humanos, mas podemos afirmar que os pangolins
não são os responsáveis pela pandemia, mas sim vítimas da caça e do tráfico de
animais silvestres.
Fonte: Revista Ciência Hoje - http://chc.org.br/artigo/doenca-de-bicho-ou-de-gente/
Até mais
e bom estudo!
RECOMENDAÇÕES:
Permanecer
em casa para proteger a vida e a vida da família contra a pandemia; seguir as
recomendações dos órgãos competentes; desenvolver a escrita e a leitura mesmo
em isolamento social; assistir as aulas de Língua Portuguesa no aplicativo
CMSP; fazer parte do Google Classroom, interagir no blog e no aplicativo sempre
que tiver uma postagem e entregar as atividades da semana e de semanas
anteriores via classroom ou por e-mail.
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